Mas há muitos nomes àquela que mais amo
E por apelidos carinhosos também a chamo
Podem chama-la por nomes como de Regina
Mas prefiro intimamente chamar de Vagina.
E se não me engano há outros nomes a chamar
Aquela a quem eu não consigo deixar de amar
E como às frutas que como, laranja, pera e uva
Ainda prefiro chamar minha amada de Vulva.
E se na hora exata, minha pica molhar-te, amada
Por um palavrão hediondo é que serás chamada
Um nome que já me enseja uma prazerosa punheta
E a amada gostosa chamarei com prazer de Buceta.
Ah, minha amada, cujos nomes eu conheço tão bem
Chama-me de Pica ou de Pinto. De Rola pode também
Pois se amamos que importa se nos chamamos por nomes
Quando foder é nosso amor e o prazer está nos pronomes.
20/01/2015
Narração: Cris Boka de Morango – Rádio Devassa

Do Livro:
“Troco Poesia Por Dinamite“
Editor’A Barata Artesanal, 2014
Barata, nascido Luiz Carlos, no dia do Anti-Natal do ano da Graça do nascimento de Bruce Dickinson, Madonna, Michael Jackson, Cazuza e Tim Burton, é poeta, romancista, ensaista e contista, além de produtor de eventos e artista plástico. Cresceu escutando Beatles, Black Sabbath, Rush e Pink Floyd. Participou da geração mimeógrafo nos anos 1970, mas quando chegaram os filhos deixou de ser poeta e foi tentar ser homem, o que no entender de Bukowski é bem mais difícil. Trabalhou como office-boy, bancário e projetista de brinquedos. Apesar de ter escrito milhares de textos nunca ganhou um prêmio literário. Foi apaixonado por Janis Joplin, Grace Slick e Patti Smith; casou quatro vezes e Atualmente procura pagar as contas trabalhando com criação de sites, edição e diagramação de livros e arte digital.