Fizestes dos pintos a sua adoração
E do pente e da tesoura a profissão
Mas amas sobre tudo o meu caralho
Seu precioso instrumento de trabalho.
Conheças agora, ó penteadeira vadia
Poemas feitos sob a minha covardia
Onde a coragem de foder a tua bunda
Deu margem a uma poesia vagabunda.
O poema é uma verdade que te conto
De fato ode inútil de um poeta tonto
Que em lugar de foder a tua buceta
Escreve poemas e bate uma punheta.
Mas o poema é um desejo e um relato
Da sua buceta eu desenho um retrato
E a lenda conto nestes orgânicos versos
Sobre a maior puta de todos universos.

Do Livro:
“Versos Orgânicos”, 2012
Editor’A Barata Artesanal
Barata, nascido Luiz Carlos, no dia do Anti-Natal do ano da Graça do nascimento de Bruce Dickinson, Madonna, Michael Jackson, Cazuza e Tim Burton, é poeta, romancista, ensaista e contista, além de produtor de eventos e artista plástico. Cresceu escutando Beatles, Black Sabbath, Rush e Pink Floyd. Participou da geração mimeógrafo nos anos 1970, mas quando chegaram os filhos deixou de ser poeta e foi tentar ser homem, o que no entender de Bukowski é bem mais difícil. Trabalhou como office-boy, bancário e projetista de brinquedos. Apesar de ter escrito milhares de textos nunca ganhou um prêmio literário. Foi apaixonado por Janis Joplin, Grace Slick e Patti Smith; casou quatro vezes e Atualmente procura pagar as contas trabalhando com criação de sites, edição e diagramação de livros e arte digital.